Imóveis x Bolsa: Detalhes Muito Além de Interessantes

Uma vez que o investimento em bens imobiliários e as aplicações
em Bolsa caminham lado a lado entre as preferidas dos que detêm
uma quantia reserva de capital, vale a pena dedicarmos um pouco
de tempo tentando observar essas duas alternativas sob um novo
ponto de vista. Provavelmente, você ainda não havia parado para
compará-las da forma como faremos aqui.
Para os bons poupadores que desejam aplicar suas sobras de ca-
pital em imóveis, o objetivo mais comum será o recebimento do alu-
guel mensal, que vai gerar algo em torno de 1% do valor total
investido na compra ou construção do bem. Mês após mês, ao longo
de todo o ano e enquanto durar a vida útil desse imóvel, ele terá esse
valor garantido, salvo se o imóvel ficar desocupado, estiver em refor-
ma ou tiver sido presenteado com um inquilino inadimplente, para
azar do empreendedor. Esses são os riscos mais comuns inerentes
aos imóveis. Os menos comuns são de casos extremos, como incên-
dios, problemas estruturais graves, bloqueios devido a construções
irregulares, entre outros, que são fatores que vão impedir, temporá-
ria ou permanentemente, o recebimento da renda mensal.
Supondo que tudo esteja em perfeitas condições, o proprietá-
rio do imóvel irá receber sua taxa mensal de 1%, aproximadamen-
te. E é aqui que encontramos o primeiro ponto interessante. Como
o valor do aluguel pago pelo inquilino é fixo (pelo menos no decor-
rer de cada ano), representa um juro simples, ou seja, indepen-
dentemente de o valor do imóvel aumentar ou diminuir, esse
rendimento mensal continua sendo o mesmo.
Vamos observar, agora, o que acontece do outro lado, com
aqueles que optam pelo investimento em Bolsa e fazem uso das
estratégias com opções.
Suponhamos que esse mesmo investidor aplique a quantia
equivalente ao valor do imóvel na compra de ações, visando reali-
zar, mês após mês, operações que remunerem e/ou protejam essa
carteira, como a Remuneração de Carteira ou a Operação de Taxa.
Com a passagem dos meses e o encerramento das séries de opções,
esse investidor reaplicará, imediatamente, todo o capital recebido
com o lançamento das opções, o que gerará um crescimento men-
sal do número de ações que este terá em carteira, às vezes coinci-
dindo, também, com um aumento do valor nominal dela (lembre-se
de que, num mercado em queda, o investidor que aplica somente a
Remuneração de Carteira poderá assistir a uma redução temporá-
ria do valor nominal da sua carteira). Logo, essa remuneração
mensal elevará também o número de opções a serem lançadas, o
que, por sua vez, elevará seu ganho mensal, pouco a pouco, mas
infinitamente.
Ficou clara a diferença? Aqui, tivemos uma aplicação que ren-
de juros compostos, pois o ganho obtido no mês passa a fazer
parte do montante principal imediatamente (logo que a operação
é montada), o que gera um aumento da renda recebida todos os meses.
Nem é preciso muito esforço para perceber que, com o
passar dos meses, isso vai gerar uma "bola de neve" positiva na
carteira e no saldo desse investidor.
Desde que tenha um pouco de prática nas operações, o investi-
dor poderá aumentar seu capital de forma consistente dessa ma-
neira, independentemente do humor do mercado e, o que é
melhor, sem se preocupar em erguer uma única parede sequer.
É assim, portanto, que você deve enxergar sua carteira de
ações, além das opções que negocia todos os meses. Talvez exista
alguma resistência da parte de alguns em aceitar essa compara-
ção de início, uma vez que podem alegar que o imóvel obtém va-
lorização real desde o momento em que é construído e tem esse
valor aumentado à medida que os anos vão passando. Sim, isso é
verdade. É até justificável que o imóvel obtenha uma valorização
real de imediato, uma vez que há o tempo, o esforço e os gastos
com a sua construção, período em que seu proprietário não ob-
tém nenhuma renda com ele.
Porém, se você pretende contar com a renda vinda dos aluguéis,
concordará que não irá se desfazer desse imóvel tão cedo.
Portanto, durante esse período, não desfrutará da valorização desse imóvel,
de fato.
Perceba que não estamos tentando provar, aqui, que o investi-
mento em imóveis é mais ou menos rentável. Estamos apenas ten-
tando fazê-lo enxergar que estruturando as operações corretamente
com opções as é apropriado afirmar que o aluguel gera juros simples
e as operações em renda variável juros compostos indefinidamente e sem
problemas de inadimplência, reformas estruturais e impostos anuais.